Leonilson foi um dos principais nomes dentre os artistas da geração de 80, seu trabalho ganhou grande destaque durante os últimos anos de sua vida, onde nesse tempo produziu seu último trabalho “Leonilson: truth, fiction”
O artista possuía também um projeto paralelo as suas principais obras, onde o mesmo realizou uma serie de gravações em fitas cassete com o objetivo de registrar suas memorias. Anos mais tarde essas fitas foram utilizadas para realizar o documentário “A paixão de JL”.
Seu trabalho consistia em uma coletânea de desenhos, pinturas, esculturas e bordados, onde predominava uma abordagem autobiográfica e uma estética minimalista. Em suas obras, Leonilson buscava tratar sobre temas de seu cotidiano, assim, transformando o seu trabalho em uma espécie de diário pessoal onde ele trazia reflexões sobre diversos aspectos de sua vida.
Um dos temas mais frequentes das gravações de Leonilson era a sua orientação sexual. Onde ele relatava o quão era inseguro em relação a aceitação de sua família e o medo que tinha do vírus HIV
“é eu posso até dizer que as vezes eu fico atraído por algumas mulheres, mas eu me sinto mesmo é atraído por uns caras sabe... as vezes eu vejo uns caras lindos aí eu fico louco por eles, e eu só não faço o que eu tenho vontade porque eu tenho medo sabe... tenho medo de aids, tenho medo de... tenho medo de aids sabe”
“ser gay hoje em dia é a mesma coisa que ser judeu na segunda guerra mundial sabe... o próximo pode ser você, a praga tá aí pronta pra te pegar”
“ontem à noite eu tava conversando com a minha mãe, mas ela me olhava com olhos de quem sabia tudo”